Uma das medidas prometidas pelo governo de Sócrates é a criação do Cartão do Cidadão, ou cartão único.
A medida tem indiscutível mérito. Os variados cartões faziam sentido no tempo em que, se se quisesse reunir num só documento as diversas informações, se necessitaria de um "cartão" quase do tamanho de uma folha A3 (ou se calhar maior).
Hoje em dia em que num chip não maior que uma moeda é possível guarda o Novo e o Velho Testamento completos, já não se justifica termos a carteira atulhada com tantos cartões que quase dá para jogar ao King.
Uma última reflexão para que argumenta que este sistema pode levar a que o cidadão fique reduzido a um número. Isto não ocorre. O número meramente identifica a pessoa. É como o nome, mas se calhar ainda melhor visto que, com o nome, temos a vantagem, ou desvantagem, de sermos identificáveis com outros com o mesmo nome. Ao menos o número é só nosso.
Para mais, hoje em dia a nossa pessoa já é plenamente identificada através de números. A diferença é que agora, em vez de a identificação da totalidade da nossa pessoa ser feita por UM número, cada aspecto da nossa vida é numerado. Não vejo grande diferença, e a que houver não me parece que seja para pior.
terça-feira, 29 de março de 2005
Cartão do Cidadão
Abordado por José Pedro Salgado à(s) 20:02
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